Família
03/03/2016 08h53
Neofobia alimentar
Seu filho recusa todos os alimentos novos que você oferece? Ele pode estar com esse transtorno
Por Nosso Bem Estar

Muito comum na infância, a neofobia pode ter consequências sérias para a saúde.
Para os pais de crianças pequenas, a hora da refeição é um momento que gera muita preocupação. Em muitos lares, ela pode se tornar um momento de brigas e discussões por conta da recusa das crianças a ingerirem alimentos oferecidos e também por não experimentarem alimentos saudáveis. Essa fase costuma acontecer entre os 3 e 5 anos de idade.
Muito comum na infância, a neofobia pode ter consequências sérias para a saúde. Saiba mais.
Afinal, o que é neofobia alimentar?
A neofobia alimentar é o medo ou então relutância da ingestão de novos alimentos, por serem considerados estranhos ou ruins. É muito frequente em crianças pequenas, mas também pode acometer adultos.
De que forma ela surge?
Os hábitos alimentares dos adultos são formados ainda na infância. Crianças tendem a dar preferência a alimentos que são consumidos pelos pais, ou então familiares mais velhos, como avós, tios, primos e irmãos mais velhos, e por isso os hábitos da casa influenciam na escolha dos pequenos.
Estratégias como o famoso “se você não comer tudo será castigado” ou então, “só vai ganhar sobremesa se comer tudo” são totalmente maléficas às crianças, e funcionam como um gatilho para neofobia alimentar, pois fazem com que a criança só coma para que não seja castigada, ou então porque receberá algo em troca. Esse tipo de ensinamento pode desenvolver fobias alimentares, que podem acompanha-la por toda a vida.
A neofobia é um transtorno alimentar, por isso deve ser acompanhada de perto para evitar que problemas de saúde, como desnutrição, anemia, fraqueza, intestino preso, desidratação, irritabilidade, déficit de atenção e outras patologias acometam as crianças.
Como evitar o distúrbio?
A neofobia alimentar pode ser evitada ou então contornada quando pais passam a adotar posturas como:
- Oferecer alimentação variada e pouco repetitiva;
- Elaboração de pratos criativos, quando os alimentos se transformam em desenhos, por exemplo;
- Sempre que a criança recusar um alimento, oferecer outro equivalente ao rejeitado e, após alguns dias oferecer novamente;
- Os limites de saciedade da criança devem ser respeitados;
- Convidar a criança para participar do processo culinário, seja descascando frutas, ou então colocando a mesa para refeição;
- Evitar oferecer recompensas ou então castigar a criança por não comer todo o alimento que estava no prato;
- Os pais não devem ficar bravos ou então demonstrar preocupação pelo simples fato da criança recusar determinado alimento.
A educação nutricional da criança deve ocorrer na infância de maneira tranquila e natural, sem qualquer tipo de imposição. Cabe aos pais, sempre que possível, oferecer alimentos nutritivos e saudáveis à criança, variando cardápios e estimulando uma alimentação divertida. Essas são as melhores maneiras de manter a neofobia alimentar longe das crianças e fazer com que elas vivam em harmonia com a hora das refeições.
E aí? Você já conhecia esse tipo de transtorno? Ficou com alguma dúvida? Compartilhe e faça com que mais pessoas saibam sobre esse delicado assunto que acomete muitas crianças.